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SONETO 14
Não está nas estrelas o meu tino
Sei um pouco, porém , de astronomia
Mas não para prever qualquer destino
Ou o tempo, a miséria, a epidemia:
Não posso em um minuto dar a sorte,
A cada qual seu raio, ou chuva, ou vento,
Nem por indícios a que o céu me aporte,
Ao príncipe augurar feliz intento.
Leio em teus olhos o meu saber inteiro;
E neles (astros fixos) há tal arte,
Que juntos crescem o belo e o verdadeiro,
Se o que te é dado não é posto à parte:
Teu fim será , teus olhos dão-me o norte,
Da beleza e verdade o termo e a morte
Rabindranath Tagore
AMOR PACÍFICO E FECUNDO!
Não quero amor que não saiba dominar-se,
desse, como vinho espumante,
que parte o copo e se entorna,
perdido num instante.
Dá-me esse amor freso e puro como a tua chuva,
que abençoa a terra sequiosa,
e enche as talhas do lar.
Amor que penetre ate o centro da vida,
e dali se estenda como seiva invisível,
até os ramos da árvore da existência,
e faça nascer
as flores e os frutos.
Dá-me esse amor que conserva tranqüilo o coração,
na plenitude da paz!
Machado de Assis
CÍRCULO VICIOSO
Bailando no ar, gemia inquieto vaga-lume:
- Quem me dera que fosse aquela loura estrela,
que arde no eterno azul, como uma eterna vela !
Mas a estrela, fitando a lua, com ciúme:
- Pudesse eu copiar o transparente lume,
que, da grega coluna á gótica janela,
contemplou, suspirosa, a fronte amada e bela !
Mas a lua, fitando o sol, com azedume:
- Misera ! tivesse eu aquela enorme, aquela
claridade imortal, que toda a luz resume !
Mas o sol, inclinando a rutila capela:
- Pesa-me esta brilhante aureola de nume...
Enfara-me esta azul e desmedida umbela...
Porque não nasci eu um simples vaga-lume?
Castro Alves
A CRUZ DA ESTRADA
Caminheiro que passas pela estrada,
Seguindo pelo rumo do sertão,
Quando vires a cruz abandonada,
Deixa-a em paz dormir na solidão.
Que vale o ramo do alecrim cheiroso
Que lhe atiras nos braços ao passar?
Vais espantar o bando buliçoso
Das borboletas, que lá vão pousar.
É de um escravo humilde sepultura,
Foi-lhe a vida o velar de insônia atroz.
Deixa-o dormir no leito de verdura,
Que o Senhor dentre as selvas lhe compôs.
Não precisa de ti. O gaturamo
Geme, por ele, à tarde, no sertão.
E a juriti, do taquaral no ramo,
Povoa, soluçando, a solidão.
Dentre os braços da cruz, a parasita,
Num abraço de flores, se prendeu.
Chora orvalhos a grama, que palpita;
Lhe acende o vaga-lume o facho seu.
Quando, à noite, o silêncio habita as matas,
A sepultura fala a sós com Deus.
Prende-se a voz na boca das cascatas,
E as asas de ouro aos astros lá nos céus.
Caminheiro! do escravo desgraçado
O sono agora mesmo começou!
Não lhe toques no leito de noivado,
Há pouco a liberdade o desposou.
Não sabes, criança? 'Stou louco de amores...>
Prendi meus afetos, formosa Pepita.
Mas onde? No templo, no espaço, nas névoas?!
Não rias, prendi-me
Num laço de fita.
Na selva sombria de tuas madeixas,
Nos negros cabelos da moça bonita,
Fingindo a serpente qu'enlaça a folhagem,
Formoso enroscava-se
O laço de fita.
Meu ser, que voava nas luzes da festa,
Qual pássaro bravo, que os ares agita,
Eu vi de repente cativo, submisso
Rolar prisioneiro
Num laço de fita.
E agora enleada na tênue cadeia
Debalde minh'alma se embate, se irrita...
O braço, que rompe cadeias de ferro,
Não quebra teus elos,
Ó laço de fita!
Meu Deusl As falenas têm asas de opala,
Os astros se libram na plaga infinita.
Os anjos repousam nas penas brilhantes...
Mas tu... tens por asas
Um laço de fita.
Há pouco voavas na célere valsa,
Na valsa que anseia, que estua e palpita.
Por que é que tremeste? Não eram meus lábios...
Beijava-te apenas...
Teu laço de fita.
Mas ai! findo o baile, despindo os adornos
N'alcova onde a vela ciosa... crepita,
Talvez da cadeia libertes as tranças
Mas eu... fico preso
No laço de fita.
Pois bem! Quando um dia na sombra do vale
Abrirem-me a cova... formosa Pepital
Ao menos arranca meus louros da fronte,
E dá-me por c'roa...
Teu laço de fita.
Omar Kháyyám
Pérsia – 1040 dC
OMAR IBR IBRAHIM EL KHÁYYAM
........ Com é vil
O coração que,
incapaz de amar, não pode
conhecer o delírio da
paixão
--Se não amas, és indigno
do sol que te ilumina,
da lua que te consola.
........ No caminho
do Amor nos
perderemos e o Destino
nos esmagará com o seu tacão.
--Ó rapariga, ó minha taça
encantada, ergue-te e dá-me
de beber em teus lábios,
antes que eu me transforme
em poeira.
........ Aurora!
Felicidade e pureza!...
Um imenso rubi cintila
em cada taça.
Toma estes dois
ramos de sândalo .
Transforma o maior numa
cítara e beija o outro, para
que o seu perfume
te embalsame.
........ Todos os
reinos por uma
taça de vinho precioso.
Todos os livros e toda
a ciência dos homens por
um perfume suave de vinho!
Todos os hinos de amor
pela canção
do vinho que corre!
Toda a glória de Feridoun
pelos reflexos do vinho
na urna!
Dante Alighieri
A DIVINA COMEDIA
CANTO X
.................................................
Daí- nos conta de que nos homens
Somos o verme de que há de surgir a borboleta
Oh! Raça humana criada por Deus para
Voar nas altas esferas! Porque sucumbis ao
Menor sopro do vento das paixões?
CANTO XV
.................................................
-O bem material fica dividido para poucos'
Mas o amor, o bem espiritual que é a verdade
Felicidade abrange a todos
Quanto mais um tem, mais outros terão
-É a lei da Natureza Divina que a felicidade do indivíduo
Aumente a felicidade geral
A luz do amor brilha e contagia a todos
Cecília Meireles
MURMÚRIO
Traze-me um pouco das sombras serenas
que as nuvens transportam por cima do dia!
Um pouco de sombra, apenas,
- vê que nem te peço alegria.
Traze-me um pouco da alvura dos luares
que a noite sustenta no teu coração!
A alvura, apenas, dos ares:
- vê que nem te peço ilusão.
Traze-me um pouco da tua lembrança,
aroma perdido, saudade da flor!
- Vê que nem te digo - esperança!
- Vê que nem sequer sonho - amor!
De longe te hei-de amar
- da tranquila distância
em que o amor é saudade
e o desejo, constância.
Do divino lugar
onde o bem da existência
é ser eternidade
e parecer ausência.
Quem precisa explicar
o momento e a fragrância
da Rosa, que persuade
sem nenhuma arrogância?
E, no fundo do mar,
a Estrela, sem violência,
cumpre a sua verdade,
alheia à transparência.
Cruz e Sousa
AFRA
Ressurges dos mistérios da luxúria,
Afra, tentada pelos verdes pomos,
Entre os silfos magnéticos e os gnomos
Maravilhosos da paixão purpúrea.
Carne explosiva em pólvoras e fúria
De desejos pagãos, por entre assomos
Da virgindade--casquinantes momos
Rindo da carne já votada a incúria.
Votada cedo ao lânguido abandono,
Aos mórbidos delíquios como ao sono,
Do gozo haurindo os venenosos sucos.
Sonho-te a deusa das lascivas pompas,
A proclamar, impávida, por trompas,
Amores mais estéreis que os eunucos!
Carne opulenta, majestosa, fina,
Do sol gerada nos febris carinhos,
Há músicas, há cânticos, há vinhos
Na tua estranha boca sulferina.
A forma delicada e alabastrina
Do teu corpo de límpidos arminhos
Tem a frescura virginal dos linhos
E da neve polar e cristalina.
Deslumbramento de luxúria e gozo,
Vem dessa carne o travo aciduloso
De um fruto aberto aos tropicais mormaços.
Teu coração lembra a orgia dos triclínios...
bizarros e sangüíneos
Na seda branca e Na seda branca e pulcra dos teus braços.
Octávio Paz
..................... México
A tinta verde cria jardins, silvas, prados
folhagem onde gorjeiam letras,
palavras que são árvores,
frases de verdes constelações
Deixa que minhas palavras, é branca, desçam e te cubram
como uma chuva de folhas a um campo de neve,
como a hera à estátua,
como a tinta a esta página.
Braços, cintura, colo, seios,
fronte pura como o mar,
nuca de bosque no outono,
dentes que mordem um talo de grama.
Teu corpo se constela de signos verdes,
Renovos num corpo de árvore.
Não te importe tanta miúda cicatriz luminosa:
olha o céu e sua verde tatuagem de estrelas.
Cada vez que o lança,
cai, justo,
no centro do mundo.
A chuva, pé dançante e cabelo solto,
o tornozelo mordido pelo raio,
desce acompanhada de tambores:
a espiga abre os olhos, e cresce.
Mia Couto
..................... Moçambique / 1955
POEMA DA DESPEDIDA
Não saberei nunca
dizer adeus
Afinal,
só os mortos sabem morrer
Resta ainda tudo,
só nós não podemos ser
Talvez o amor,
neste tempo,
seja ainda cedo
Não é este sossego
que eu queria,
este exílio de tudo,
esta solidão de todos
Agora
não resta de mim
o que seja meu
e quando tento
o magro invento de um sonho
todo o inferno me vem à boca
Nenhuma palavra
alcança o mundo, eu sei
Ainda assim,
Escrevo
ÁRVORE
cego
de ser raiz
imóvel
de me ascender caule
múltiplo
de ser folha
aprendo
a ser árvore
enquanto
iludo a morte
na folha tombada do tempo
SOTAQUE DA TERRA
Estas pedras
sonham ser casa
sei
porque falo
a língua do chão
nascida
na véspera de mim
minha voz
ficou cativa do mundo,
pegada nas areias do Índico
agora,
ouço em mim
o sotaque da terra
e choro
com as pedras
a demora de subirem ao sol
Noémia de Souza
..................... Moçambique / 1929-2002
AFORISMO
Havia uma formiga
compartilhando comigo o isolamento
e comendo juntos.
Estávamos iguais
com duas diferenças:
Não era interrogada
e por descuido podiam pisá-la.
Mas aos dois intencionalmente
podiam pôr-nos de rastos
mas não podiam
ajoelhar-nos.
TEIAS DA MEMÓRIA
Na baça melancolia do tecto
bilros de teia bordam solidão
enquanto meigos sussurros de sombra
no brilhante mutismo do espelho
recitam estrofes de poeira.
ESSE QUE EU HEI DE AMAR
Essa que eu hei de amar perdidamente um dia
será tão loura, e clara, e vagarosa, e bela,
que eu pensarei que é o sol que vem, pela janela,
trazer luz e calor a essa alma escura e fria.
E quando ela passar, tudo o que eu não sentia
da vida há de acordar no coração, que vela…
E ela irá como o sol, e eu irei atrás dela
como sombra feliz… — Tudo isso eu me dizia,
quando alguém me chamou. Olhei: um vulto louro,
e claro, e vagaroso, e belo, na luz de ouro
do poente, me dizia adeus, como um sol triste…
E falou-me de longe: "Eu passei a teu lado,
mas ias tão perdido em teu sonho dourado,
meu pobre sonhador, que nem sequer me viste!
Guerra Junqueiro
O MELRO
Tudo que existe é imaculado e santo
Há em toda miséria o mesmo pranto
E em todo coração há um grito igual
...só hoje adivinho
Ao ver que a alma tem a mesma essência
Pela dor, pelo amor, pela inocência.
Quer guarde um berço, quer proteja um ninho!
Só hoje sei que toda criatura
Desde a mais bela até a mais impura
Ou numa pomba, ou numa fera brava,
Deus habita,Deus sonha, Deus murmura.
Marina Tsvetaeva
..................... Moscou / 1892-1941
À VIDA
Não roubarás minha cor
Vermelha, de rio que estua.
Sou recusa: és caçador.
Persegues: eu sou a fuga.
Não dou minha alma cativa!
Colhido em pleno disparo,
Curva o pescoço o cavalo
Árabe -
E abre a veia da vida.
(Trad. Haroldo de Campos)
POESIAS DE AMOR FERNANDO PESSOA
"É fácil trocar as palavras,
Difícil é interpretar os silêncios!
É fácil caminhar lado a lado,
Difícil é saber como se encontrar!
É fácil beijar o rosto,
Difícil é chegar ao coração!
É fácil apertar as mãos,
Difícil é reter o calor!
É fácil sentir o amor,
Difícil é conter sua torrente!
Como é por dentro outra pessoa?
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Com que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.
Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição
De qualquer semelhança no fundo."
O valor das coisas não está no tempo em que elas duram,mas na intensidade com que acontecem.
Por isso existem momentos inesquecíveis,coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis
Nunca amamos alguém. Amamos, tão-somente, a idéia que fazemos de alguém. É a um conceito nosso - em suma, é nós mesmos- que amamos.
Isto é verdade em toda a escala do amor. No amor sexual buscamos um prazer nosso dado por intermédio de um corpo estranho. No amor diferente do sexual, buscamos um prazer nosso dado por intermédio de uma idéia nossa.(...)
As relações entre uma alma e outra, através de coisas tão incertas e divergentes como as palavras comuns e os gestos que se empreendem, são matéria de estranha complexidade. No próprio ato em que nos conhecemos, nos desconhecemos. Dizem os dois 'amo-te' ou pensam-no e sentem-no por troca, e cada uma quer dizer uma idéia diferente, uma vida diferente, até, porventura, uma cor ou um aroma diferente, na soma abstracta de impressões que constiui a atividade da alma. (...)
Mário Quintana
AMOR É SÍNTESE
Por favor, não me analise
Não fique procurando cada ponto fraco meu.
Se ninguém resiste a uma análise profunda,
Quanto mais eu...
Ciumento, exigente, inseguro, carente
Todo cheio de marcas que a vida deixou
Vejo em cada grito de exigência
Um pedido de carência, um pedido de amor.
Amor é síntese
É uma integração de dados
Não há que tirar nem pôr
Não me corte em fatias
Ninguém consegue abraçar um pedaço
Me envolva todo em seus braços
E eu serei o perfeito amor.
Cora Coralina
MEU EPITÁFIO
Morta.. serei árvore
serei tronco, serei fronde
e minhas raízes
enlaçadas às pedras de meu berço
são as cordas que brotam de uma lira
Enfeitei de folhas verdes
a pedra de meu túmulo num simbolismo
de vida vegetal.
Não morre aquele
que deixou na terra
a melodia de seu cântico
na música de seus versos.
Lya Luft
GUARDEI-ME PARA TI
Guardei-me para ti como um segredo
Que eu mesma não desvendei:
Há notas nesta guitarra que não toquei,
Há praias na minha ilha que nem andei.
É preciso que me tomes, além do riso e do olhar,
Naquilo que não conheço e adivinhei;
É preciso que me ensines a canção do que serei
E me cries com teu gesto
Que nem sonhei.
O AMOR NO ÉTER
Há dentro de mim uma paisagem
entre meio-dia e duas horas da
tarde.
Aves pernaltas, os bicos
mergulhados na água,
entram e não neste lugar de memória,
uma lagoa rasa com caniço na margem.
Habito nele, quando os desejos do corpo,
a metafísica, exclamam:
como és bonito!
Quero escrever-te até encontrar
onde segregas tanto sentimento.
Pensas em mim, teu meio-riso secreto
atravessa mar e montanha,
me sobressalta em arrepios,
o amor sobre o natural.
O corpo é leve como a alma,
os minerais voam como borboletas.
Tudo deste lugar
entre meio-dia e duas horas da tarde
Francesco Petrarca
..................... Diz das noites lastimáveis que passa
..................... ............ quando sua amada Laura está distante
O VENTO DO MUNDO
Quando o sol o áureo carro no mar banha
E torna a mente obscura e obscuro o vento,
Com os astros e a lua e o firmamento
Passo uma noite de aflição tamanha.
E narro então à que não me acompanha
Todo o meu vão anseio e vão tormento.
E culpo o mundo e o amor e me lamento
De minha sorte tão funesta e estranha.
De há muito que o repouso se apartara.
Vou suspirando até o raiar da aurora.
Minha alma pelos olhos como chora.
A aurora surge e a aura noturna aclara:
Mas não a mim. Pois a minha agonia/
Só o sol gentil do Amor é que alivia.
Thiago de Mello
O VENTO DO MUNDO
O vento do mundo sopra
E quando sopra, separa.
Apenas sei que ele vem
Carregando solidão
Perdido está quem na treva
Não traz luz dentro de sI
OS DESMEMORIADOS
Porque perdida é a glória na solidão
De quando éramos sono derramado
Sobre as pedras alvíssimas do tempo,
-que nos resta, afinal, senão seguir
O mundo em seu roteiro
Que o mundo se traçou e vai cumprindo,
Levando-nos grotescos em seus braços
Alheio a nosso espanto, ao nosso Amor.
Esconder nosso estoque de ganâncias,
Nossa gula de nuvens, as vontades
Que surgem dos escuros, dos desvãos:
Transviado dos caos do não ser
Espelho de mágoas
responde quem sou
responde em que nuvem
perdido fiquei
TERCETO DE AMOR
Sirva o meu amor de vôo
Sirva a tua vida inteira
de azul
Eu sirvo de pássaro
Amorosa e transparente
Esta é a sagrada manhã
Vai levando corações
Não do menino, o meu
Que é cheio de escuridões
Felicidade é ver o bem que podemos fazer, e nos conduzir a isto
Sócrates.......
Uma boa cabeça e um bom coração formam sempre uma
uma combinação formidável.
Sonho com o dia em que todos levantar-se-ão e compreenderão que foram feitos para viverem como irmãos.
Nelson Mandela ..
Podemos ser apenas um ponto, desde que se destine ao infinito.
Colecione pétalas só do bem-querer,
pra unir o seu jardim ao meu
e fazermos do mundo um tapete de Paz.
Cléo Reis..